quinta-feira, 29 de julho de 2010

Doenças hepáticas alcoólicas

Bem pessoal, vamos tratar de um tema que é bem interessante. A doença hepática alcoólica, que acomete aproximadamente 10% dos etilistas crônicos, pensando bem, não acomete a tantas pessoas assim. Mas se pensarmos em todas as doenças que o consumo crônico de álcool pode causar (cirrose, esteatose, hepatite alcoólica, ou hepatocarcinoma e aumenta também o risco para outros tumores como a carcinoma de células escamosas do esôfago ou da faringe), essa porcentagem parece ser maior.

Bem, não existe uma dose determinada para que ocorra a lesão hepática, mas níveis séricos de álcool persistentemente elevados têm uma maior chance de desenvolver a doença, ela geralmente ocorre após um grande consumo diário após 10, 20 ou mais anos Apesar de a doença hepática alcoólica estar relacionada com a ingestão excessiva de etanol, não é ele diretamente que é o causador da doença, mas sim o próximo metabólito do etanol, o acetaldeído.


Lembrando: “A maior parte do álcool ingerido é metabolizado no fígado pela ação da enzima álcool desidrogenase (ADH). Esta enzima converte o álcool em acetaldeído, que mesmo em pequenas concentrações, é tóxico para o organismo. A enzima aldeído desidrogenase (ALDH), por sua vez, converte o acetaldeído em acetato 3. A maior parte do acetato produzido, atinge outras partes do organismo pela corrente sangüínea onde participa de outros ciclos metabólicos.
O sistema microssomal do citocromo P450 ( CYP2E1) tem um papel muito importante no metabolismo do etanol quando há um consumo excessivo. A catalase tem um papel inferior no metabolismo do etanol. Variações tanto na ADH quanto na ALDH podem estar relacionadas com o desenvolvimento de doença hepática. A formação mais rápida de acetaldeído por estas enzimas ADH variantes (ou uma redução no clearence de acetaldeído por uma anormalidade nas enzimas ADLH) pode aumentar a exposição dos hepatócitos ao acetaldeído altamente tóxico .”
Deixando assim o fígado com alguma patologia, como mostra na figura

Há fatores predisponentes como o sexo, o grupo étnico, ser ou não obeso, ou de sobrecarga hepática de ferro e claro, a quantidade diária consumida de álcool.

Outros fatores que são importantes no desenvolvimento de hepatite alcoólica e de cirrose são os danos ao hepatócito como: aumento nos níveis de endotoxina causado pelo aumento da permeabilidade intestinal, por deficiência nutricional . Formação de radicais livres durante o processo metabólico do etanol, que produz estresse oxidativo ou peroxidação dos lipídeos. Uma alteração no metabolismo oxidativo, ou ao estado catabólico relacionado com o metabolismo do etanol. Entre outros mecanismos responsáveis por causar tal doença.


Então galera, cuidem bem do fígado do vocês.

Até a próxima!

Postado por: Lara Lúcia

Jornal Medicina Atualizada-Publicação oficial do IPEMED


http://www.cisa.org.br/categoria.html?FhIdTexto=9c9ee427b10f49b78c316de88c01bc0c&ret=&

Nenhum comentário:

Postar um comentário